segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Top 10 humilhações do Paysandu






A princípio pensei que seria fácil escolher as maiores humilhações que o Papão sofreu, afinal foram muitas. Mas logo vi que seria complicado, justamente porque… são tantas! O que dizer de um time de cujo hino exalta a glória de uma vitória ocorrida em um amistoso há meio século (“até o Peñarol veio aqui pra padecer…”)? De qualquer forma, posso dizer a vocês que torcer pro Paysandu até que não é tão ruim assim – caso você tenha nascido em 2002 e morrido em 2005.

Como tem sido tendência no Impedimento, preteri as partidas neolíticas. É que dá um trabalho gigantesco pesquisar o sentimento que rolou na época e, no fim das contas, o efeito emocional hoje é quase nulo. Acabei escolhendo episódios a partir de 1990. Não que o Paysandu tivesse passeado em pastos verdejantes dali pra trás; é que nunca o time havia oscilado de maneira tão abrupta entre o céu e o inferno.

A primeira coisa que pensei ao iniciar esta tarefa foi no meu quase chará, Felipe Silva, autor do texto das humilhações do Avaí. Companheiro, também sabemos muito bem o que é passar cinco anos sem vencer o maior rival. A diferença é que, pra vocês, foram só 15 jogos, mas pra gente foram 33.

Separar só três Re-Pa foi missão difícil, já que é o clássico mais disputado no mundo, tem mais de 700 partidas e milhões de boas histórias. E tem outros jogos marcantes, como uma derrota pra Tuna de 4 a 0 em 1997, na época em que a Lusa ainda era uma força local, tipo América-MG e Portuguesa. O leitor paraense vai lembrar de outras histórias e discordar da minha lista, postar outras partidas nos comentários e me chamar de remista. Tudo bem.

O importante é que cada uma destas 10 humilhações soou como o Capitão Nascimento gritando carinhosamente nos nossos ouvidos: NUNCA SERÃO. Espero ao menos que minha dor de lembrar as tragédias que vou contar agora seja logo aplacada por algum azulino corajoso que escreverá as Top 10 do Remo. Tô até ansioso pelo relato do “Caso Castor”.

Agora chega de enrolação e aprendam como não fazer:



10 – São Paulo 7 x 0 Paysandu – Brasileirão série A, 28/09/2004

Levar goleada de time grande nem é assim tão absurdo. Só que ver a bola entrando com qualquer peteleco de Cicinho e Grafite não tem a menor graça. O pior foi que essa sapatada nos trouxe de volta à uma realidade da qual queríamos nos livrar.

Vou explicar. Em 2001, o Papão ganhou a Série B; no ano seguinte, conquistou a Copa dos Campeões (e um lugar no Top 10 Humilhações do Cruzeiro, claro); e mais um ano depois, teve participação destacada na Copa Libertadores. Quando 2004 começou, queríamos ser tratados como grandes e, no returno do Brasileirão, até que estávamos começando a ganhar respeito. Essa goleada do São Paulo encerrou uma sequência de bons resultados no campeonato e nos trouxe de volta à sina maligna: Série A, apenas pra fugir do rebaixamento.

9 – São Raimundo 1 x 0 Paysandu – Copa Norte de 2001

A vida não foi fácil antes de começar a Belle Epoque bicolor. Meses antes de ganhar a Segundona, o Paysandu sofreu um revés daqueles doloridíssimos. Se explicar assim, no seco, nem parece grande coisa. Perdeu um jogo fora de casa, apertado, pra um rival regional que vinha bem – havia ganhado as outras duas Copas Norte.

Há três fatores que fizeram dessa derrota uma tortura: o Paysandu já estava com um bom time, a derrota veio em um rebote do goleiro nos acréscimos do segundo tempo e, depois do apito final, rolou um chororô. A imagem que vem à cabeça de qualquer paraense, quando se fala nesse jogo, é a do capitão do Paysandu, Gino, às lagrimas como uma criança. Não foi nessa vez que o Papão disputou a Copa dos Campeões.

8 – Ceará 4 x 0 Paysandu – Copa do Brasil, 16/03/2005

Pra maioria dos torcedores bicolores essa partida pode não ter causado lá grandes cicatrizes. Talvez o meu ponto de vista tenha sido um agravante, sei lá. De qualquer forma, essa partida representa a praga de o time nunca conseguir passar da segunda fase da Copa do Brasil. Esse jejum acabou só agora, em 2012.

Na partida de ida, entrei de penetra no Mangueirão, já que eu era estagiário do jornal O Liberal. O que senti naquela noite iria se repetir um ano depois, no Brasil 3×0 Gana, pela Copa do Mundo. Lembram? O Brasil jogou mal, errava toques analfabéticos, perdeu uma penca de gols e foi muito criticado depois. A desculpa de Parreira e dos jogadores foi: “mimimi, a imprensa é chata, mimimi, goleamos e ainda reclamam”.

Pois é. O Paysandu jogou muito mal e, mesmo ganhando de 2×0, foi vaiado no final. Todo mundo via que, apesar da respeitável vantagem no placar, o perigo da partida de volta era grande. Todo mundo, menos o técnico Roberto Cavalo e os jogadores. Não adiantou termos Robgol na frente, nem sermos da Série A. Fomos humilhados no jogo de volta. Pelo menos não levamos gol do Camanducaia.

7 – Paysandu x Bragantino – Queda pra série C em 1999

Torcedores do Fluminense podem pensar terem sido os únicos beneficiados com a criação da Copa João Avelange, em 2000. Não foram.

Pouca gente fora do Pará lembra que caímos pra Terceira Divisão em 1999. E, como já lembraram por aqui, se a Segundona já era considerada um limbo fantasmagórico na década de 1990, a Terceirona era, de fato, o fundo do poço.

As circunstâncias desse rebaixamento tornam tudo mais escalafobético ainda. Remo e Paysandu estavam ameaçados de cair, o escrete bicolor estava bem mais confortável. Bastava um empate em casa com o Bragantino, já livre da degola. Já o Remo precisava vencer o CRB fora.

Lembro bem disso na época: eu tinha certeza que só nossos rivais cairiam, mas ocorreu o oposto, com um toque de surrealismo. O Paysandu desperdiçou pênalti e perdeu de 1 a 0; já o Remo arrancou uma vitória de dentro do útero e se safou. O pior veio no ano seguinte. A última vaga pra disputar o módulo principal foi disputada justamente por quem?

Foi um Re-Pa inesquecível. Especialmente porque perdemos. Imagina: em vez de disputar a série C, o Paysandu é convidado a ficar no segundo módulo e, mesmo assim, leva peia do maior rival.

6 – Paulista 9 x 0 Paysandu – Série B, 18 de novembro de 2006

Não é um grande time paulista. Não é a Série A. E não são só sete a zero.
 
Convenhamos, só há duas hipóteses pra explicar um placar assim: time perdedor ou é MUITO pior ou fez corpo mole. Considerando que, até o campeonato ser interrompido pra Copa do Mundo, o Papão estava em 4º – portanto, classificado pra voltar à Primeirona -, e considerando que os salários estavam cronicamente atrasados, resta a segunda opção.

Não precisa ver o VT da partida; basta olhar como foram saindo os gols pra perceber que os jogadores do Paysandu não tinham lá muito tesão pra voltar do ataque e marcar os adversários. Não interessa, isso não muda em nada a humilhação dos torcedores, muito menos a gozação dos remistas. A partir desse jogo, entramos na zona de rebaixamento e caímos pra série C, pra nunca mais voltar. Até agora.



5 – COMBO 2007/ 2009

Paysandu 0 x 1 Imperatriz
Icasa 6 x 2 Paysandu

Aqui já dá pra escrever um COMPÊNDIO só com as peripécias de um time muito atrapalhado que arruma altas confusões nessa divisão do barulho.

O mais emblemático foi o primeiro ano na Série C. Conseguimos ficar em 62º de 64 times. Pelo menos escapamos do rebaixamento (claro, ainda não existia Série D).

Embora a eliminação da competição tenha vindo com a derrota em casa para o poderoso Araguaína, perder o jogo contra o Imperatriz tornou tudo ainda mais patético. Era uma questão de honra. Enfim, foi um dia histórico: o pior momento da história do time.

Nos últimos três anos, o Papão foi passando de fase aos trancos e barrancos – tudo bem, nunca é fácil – até chegar nos duelos decisivos: quem ganhasse, subiria pra Série B. Depois do empate de 1 a 1 em Belém, tudo poderia acontecer, passar ou não. Mas levar meia dúzia de gols de um time que tem o nome escrito na privada lá de casa é sacanagem. Confira também se na sua não tá escrito Icasa.

4 – COMBO 2010/ 2011

Paysandu 2 x 3 Salgueiro
América 2×1 Paysandu

No ano seguinte, foi inacreditável. O Paysandu empatou fora e saiu ganhando na Curuzu. Mas levou três gols seguidos e entregou a vaga de novo, EM CASA, pra um time de pouca expressão do interior do Nordeste. E olha que o Salgueiro tinha só seis anos como time profissional.

Vem 2011, de novo a campanha “Vamos subir Papão”. De novo, o time vai passando de fase e, agora, um quadrangular decisivo. Agora vai. Ganhamos os três primeiros jogos e os matemáticos apontam: Papão com 99% de chances de subir. Tem como dar errado? Tem.

Uma dessas partidas foi anulada e repetida, com derrota do Paysandu. Os jogos rolaram com equilíbrio até, claro, o bicolor entregar a vaga pra mais um time nordestino. Podíamos empatar, mas veio a derrota pro América de Natal.

 3 – Paysandu 0×2 Remo. Final do Parazão de 2004

Foi o jogo final de uma campanha irrepreensível do Remo, um dos poucos times do Brasil a ganhar um campeonato só com vitórias.

Essa partida definia o segundo turno do campeonato. Parecia até que ia dar Paysandu, já que o Remo perdeu um pênalti e teve um zagueiro expulso. Mas, depois dos 40 minutos, os azulinos fazem dois gols e encerram uma campanha irrepreensível. Rolou até um certo déja vu de um tal de tabu que vou contar agora.

2 – Paysandu 0×4 Remo – Final do Parazão, em 31 de março de 1996

As próximas duas traulitadas sintetizam como foi passar de 1992 a 1997 sem uma vitoriazinha contra o Remo. Nessa época, parecia realmente impossível ganhar do maior rival. Surgiu até uma macumbeira dizendo que o Paysandu devia-lhe dinheiro, o que, confesso, soou totalmente verossímil na época.
Em algum momento da história de times rivais, um deles vai ganhar do outro de 4 a 0. É humilhante, mas acontece. Mas e se essa derrota é o 26º jogo de tabu? Em final de campeonato? Perdendo um pênalti no fim? A sexta partida seguida sem marcar gol contra o adversário? Não é normal.
O destaque do jogo foi Ageu Sabiá, o sucessor, sem grife, de Giovani (aquele do Santos, Barcelona, Seleção). Os dois começaram a carreira na Tuna. A diferença é que Ageu era baixinho e barrigudo.

1 – Paysandu 1×3 Remo Parazão, em 13 de abril de 1997

A partir de certo momento, antes dos clássicos os azulinos passaram a contar o número de jogos sem derrota pro Paysandu. Metade do estádio gritava “uuuum, doooois, trêêês, quaaaatro….”. Nessa partida, a contagem estava em 32. Se até aqui ainda sobrara algum torcedor do Paysandu acreditando no fim do tabu, depois do jogo não havia mais.

No começo, parecia que ia dar. O Remo chegou aos cacos para o clássico. Improvisou dois jogadores para substituir o técnico, recém demitido.



No jogo, o Papão saiu na frente, foi aquela festa. A esperança, moribunda, deu alguns suspiros, mas voltou a respirar por aparelhos depois que dois atacantes saíram do banco remista e fizeram três gols. Depois dessa partida, ainda houve outra derrota, até, enfim, o Paysandu voltar a vencer o Remo.

(Publicado originalmente no ótimo site esportivo Impedimento).

14 comentários:

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

Égua, vai dar comida por Sadham secador. Sem divisão! Comprador de vaga!

Anônimo disse...

Porra o remo sob tem humilhação mostre as gloria do remo campeão da c jkkkkk que bosta time sem divisão fazendo festa pq consegui jogar a d fazendo festa por subir pra c kkk paysandu jogou a maior competição da america do sul fez historia bi brasileiro campeão dos campeões 45 estadual e tu tem moral pra falar sono 3 time do estado a tuna e bi brasileira muito mas time que vcs seus bostas que só fala de torcida e tabu 33 esquece que o maior publico do mangueirão e nosso seus otários rumo a elite

Renato disse...

os caras se dizem fieis mais não sabem porra nem uma sobre o timeco esse paizuado só tem esses titulos graças a diretoria que subornou os juizes o proprio presidentes fez questão de abrir o bico kkkkk ganharam a copa dos campeões e tivera passagem pela libertadores graças ao roubo que o tourinhos fez na sudam,tem uma copa verde graças mais uma vez aos padrinhos forte que tem dentro da fpf e um aliado na cbf um tal de coronel nunes agora me diz ai seus cabeças de bagre se não fosse por essas sujeira o timeco não teria nem titulos de futebol de peladas quanto mais uma serie c,belas historia desse bosta de time frouxo,rindo até o timeco ganhar uma sem as roubalheiras kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Renato disse...

9x0 33 jogos sem ganhar o rival contrata macubeira pra ganhar jogo e mesmo assim leva peia eita timinho patetico e sem moral kkkkkk

Unknown disse...

Caralho 9 x 0 kkkkk era 45 min. Ou 10 gols era ??? Kkkkkkkkkkk

Unknown disse...

Bom ! já estou informado, agora me faz rir mostra os fracassos do remo do 7 a 0 até hoje não esquece dos anos sem divisão 😅

Unknown disse...

PAYSANDU CAMPEÃO DOS CAMPEÕES
BI CAMPEÃO DA SÉRIE B
BI CAMPEÃO DA COPA VERDE
MAIOR CAMPEÃO ESTADUAL

Unknown disse...

PAYSANDU CAMPEÃO DA COPA NORTE TBM

Unknown disse...

Remo já pegou de 9x0 do Santa Cruz tbm seus bostas. E de falar de roubo pelo menos o Paysandu nunca comprou uma vaga pra disputar uma série D. Time de bosta sem moral. Papão sim representa o Norte e não precisa se glóriar pelo time dos outros igual Remerdas que se gloreiam com a Vitória dos outros. O famoso goza no pau dos outros esses torcedores de bosta desse Remerda

Unknown disse...

Paysandu pegou peia pra caramba e que ter moral kkkkkkkk

Unknown disse...

Ainda existe o time do Remo eu pensava que o acessório de barco nem existia mais, e já tinha sido até extinto do futebol brasileiro, pois, ninguém ouve falar sobre esse time aquático. A última vez que eu ouvir falar sobre o time do Remo foi na década de 70 e o goleiro do remo era o Aquaman e o presidente era o caixa d'água e tinha como patrocinador a Rádio Lux e o refrigerante Mirinda. E os jogadores que marcaram época no Remo foram: Fred, Popeye, Barney, Pepe Legal, Manda Chuva, Dom Pixote, Catatau, Zé Colméia, Brutus, Capitão Caverna, Tom e Jerry. Era um timaço esse time do Remo e o treinador era o Lontra.

👍👍👍👍👍👍

Anônimo disse...

Esses série C são tão engraçados

O exterminador do seu furo disse...

Mas eles ganharam do Boca lá no "la pupunheira" pq isso está acontecendo ������������������������