segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Fenômeno e outras ronaldices



Uns com tanto, outros com tão pouco. O clichê reflete bem meu sentimento ao ver um cracaço se despedindo dos gramados por motivos alheios à sua vontade, enquanto que outro caminha pelo campo encarando a pelota com tédio. Pode parecer estranho, mas no dia da aposentadoria do Ronaldo eu fiquei mais triste com seu chará diminutivo, Ronaldinho.


Isso ainda no Barça. Imagina agora...

Sou um insensível por não me abater com o Fofômeno anunciando que parou de jogar bola? Convenhamos, ele já não joga há mais de um ano, você é que não percebeu. De lá para cá os meu sentimento por Ronaldo se aproxima da vergonha alheia, algo que ele não merece. E pra falar a verdade, o único Ronaldo que realmente me encantou foi aquele de 1993 a 1999, época em que ele ainda sabia driblar, tipo o Messi hoje.

Se é triste ver um Felômeno sendo corroído por bixeiras nos joelhos, pior ainda é quando o cara tem tudo para arrebentar por no mínimo 10 anos, mas só aproveita dois. Embora tenha tido uma carreira mais vitoriosa, acho que Ronaldo olhe Ronaldinho com uma pontinha de inveja. O Gaúcho tem saúde para jogar até os 40 anos, mas não faz questão. Já chegou se arrastando aos 30, e isso sem uma única grande lesão.

Não adianta choramingar por Ronaldo como se ele tivesse morrido, como faz a imprensa ufanista. O mais importante é que o caso-ronalducho sirva de exemplo para Ronaldinho criar vergonha na cara e aproveitar com dignidade seus últimos anos como jogador profissional. A não ser que Gaúcho justifique em sua coletiva de despedida do futebol que sua momó crônica para o esporte é sintoma de um raro fungo africano do Haiti que afetou seus ovários e o único tratamento é por meio de um supositório kidbengala-size no orifício anal. Assim tudo bem. Aí eu me calo.